quarta-feira, 2 de março de 2016

Como tudo começou ...

Há seis anos atrás, quando Luana Giurgevich chegou ao meu grupo, o nosso objectivo não era estudar as antigas bibliotecas eclesiásticas de Portugal. O que queríamos era mais simples. Pretendíamos investigar as existências, a circulação, e a leitura de livros científicos em Portugal, entre o século XVI e o XVIII. E foi assim que o trabalho começou, com estudos detalhados, mas pontuais, dos livros científicos nas maiores antigas bibliotecas portuguesas. Mas muito rapidamente sucederam duas coisas. Em primeiro lugar, demo-nos logo conta de que este modo de atacar o problema seria sempre muito deficiente. Isto é, percebemos que havia uma rede muito vasta, um complexo muito amplo de bibliotecas, de centros de colecção de livros e de leitura. Qualquer aproximação que não captasse esse aspecto sistémico seria sempre deficiente. Em segundo lugar, eu rapidamente percebi que a Luana era uma investigadora de talento e capacidades invulgares, muito acima da média. Por isso, quando um dia, numa das nossas muitas reuniões de trabalho, encarámos pela primeira vez o facto de ter de fazer uma investigação global, de todas as antigas bibliotecas eclesiásticas, eu acreditei que, com o talento e a tenacidade da Luana, isso seria possível.

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